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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Um dia diferente


Segunda-feira, 27 de outubro de 2008, Imperatriz amanhece como todos os outros dias. Só amanhece.
Manhã ensolarada e início de tarde escaldante, aparentemente a Imperatriz de todo o verão. No entanto, por volta das 16:30 as nuvens que eram brancas e leves tornaram-se negras e pesadas, os ventos que eram leves ganharam forças e derrubavam árvores. O dia 27 de outubro estava só começando.
A chuva que já começou muito forte tornou- se chuva de granizo, deixando a cidade em espanto.
Telhas quebrando, desconhecidos pedindo abrigo, pela fresta da porta o chão branco, era possível escutar gritos, impossível saber quais eram de medo quais de espanto.
A chuva terminou, mas o dia não.
Os visinhos aparecem em suas portas, o assunto não poderia ser outro.
- Viram o gelo que caiu?
Nas ruas, um engarrafamento que raramente acontecem em Imperatriz e para quem acha que já viu de tudo um homem e sua esposa, que se diziam evangélicos corriam pela rua de forma peculiar e gritavam em um idioma impossível de pessoas "normais" entenderem a não ser pela frase "É o final do mundo" ou ainda "O mundo está acabando".
De forma racional, é possível contabilizar os danos materiais causado pela "tempestade" em Imperatriz, alguns deles foram: um ginásio de esportes totalmente destruído, o telhado de uma igreja evangélica totalmente no chão, muros caídos e dezenas de casas sem telhas. Esquecendo propositalmente de mencionar a ausência de eletricidade e água ENCANADA, que nos dias de hoje faltam com quase toda chuva.
Felizmente até agora não houve nenhuma nota de falecimento, alguns feridos, mas nada grave.
Psicologicamente muitos feridos, alguns pela presença nos acidentes, outros porque já são feridos psicologicamente.
Um dia após o acontecido registra-se a pergunta: Será que vai chover granizo esse ano novamente?
Não sei se choverá assim novamente em Imperatriz, não sei quais construções caíram se isso acontecer e não sei se meu telhado vai suportar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Nunca mais!

Tenho que confessar que eu tinha em mente publicar hoje outro texto, porém nem tudo é como agente espera...
Vou ser breve, lições não fazem meu tipo.
Essa semana me peguei pensando em quantas vezes nós dizemos "nunca mais". Nunca mais isso, nunca mais aquilo, mas é muito dificil continuar com esse "nunca mais".
É importante perceber que dizer isso não tem mais volta, no entanto quantas vezes a dizemos e voltamos a fazer?
- Nunca mais vou comprar pão por essa rua, nela tem um cachorro que sempre corre atráz de mim!
3 dias depois você se dá conta de que pela outra rua é duas vezes mais longe e o cachorro só queria brincar.
Aí volta a ir por lá.
- Nunca mais faço uma prova sem estudar!
No mês seguinte tem o show da banda que você mais gosta, que por azar é na noite que antecede a prova.
- vamos ao show?;
- mas e a prova?;
- deixa a prova pra lá...
- Nunca mais jogarei futebol descalço, meus pés sempre criam calos.
No outro dia seu melhor amigo te chama para o futebol e você nem faz cerimônia quanto aos sapatos.
Todos esses "nunca mais" são simples de voltar atrás, mas cuidado com aqueles que abalam seu orgulho! Não podemos e nem devemos nos acostumar com o "nunca mais".
-Você não é meu amigo de verdade nunca mais falo com você!
Talvez no outro dia você se arrependa e peça perdão ao amigo, mas será que o amigo irá perdoá-lo pelas fortes palavras?
Essa é só uma das centenas de vezes que é dificil voltar.
Palavras ditas jamais voltam...
É necessário medir as palavras, caso contrário seus prejuísos é que serão sem medidas.
Jamais diga nunca mais sem pensar, pois essa expressão não tem volta...
...nunca mais

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Palavras repetidas

Para onde vamos?

A humanidade é incrível. É perceptível a corrida incansável do homem em busca do sucesso, sempre almejando a evolução. O homem a cada dia supera descobertas tecnológicas buscando sempre o “progresso”. Entretanto, como evoluir se algumas ações remetem o contrário?

Ouve-se a todo instante falar de violência, seja ela familiar ou urbana. Algumas vezes verbais, mas quase sempre físicas. A violência traz evolução. Porém é má. É preciso evoluir a paz.

Todos os dias encontram-se focos de queimadas, casos de tráfico e morte de animais e desmatamento de florestas. Será que evoluir um modo de vida destruindo a natureza é mesmo evoluir? Não. Evolução é tornar algo melhor do que já era ou é. A medicina evoluiu, mas estão cuidando também os problemas respiratórios muitas vezes causados pela poluição. Preservar também é evoluir.

A fome mundial é sempre notícia. É incontável o número de países onde a pobreza é tão grande que até alimentar-se é problema. Enquanto a burguesia visita os melhores lugares e freqüenta os melhores restaurantes, os miseráveis não possuem sequer força para sair do lugar. Isto tudo está longe de ser evolução.

O compositor e cantor “Gabriel O Pensador”, crítico como sempre, retrata tudo isso na música “Palavras repetidas”. A música de Gabriel é um clero desabafo para com a humanidade. O músico filósofo crítica sem meios termos a mesmice das coisas que viram matéria de jornal.

As notícias jornalísticas são sempre as mesmas: violência, destruição da natureza e fome.

É necessário mudar estas notícias. A evolução da humanidade tem que ser completa, caso contrário não adianta nada, é como tentar escapar do frio cobrindo a cabeça enquanto os pés estão congelando.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Chega...









  • A proximidade com o dia 5 de Outubro está deixando a população de Imperatriz cada vez mais ansiosa. Em todos os bairros que se anda, ouve-se rumores sobre qual candidato acordará feliz na segunda feira.


  • O debate de ontem, dia 2 de Outubro de 2008, foi de enorme importância. A cidade que normalmente liga a TV na quinta-feira para assistir "A grande família", acabou presenciando um "Grande debate". Embora tenha sido o primeiro da cidade, o debate superou qualquer expectativa. Os candidatos que entraram na "briga" foram bastante educados na hora de alfinetar seus concorrentes.

Para alguns telespectadores, o debate foi "cada um por si", porém olhares mais atentos perceberam que quando Ildon Marques não podia ser questionado por motivo de "rodízio", as perguntas eram rapidamente direcionadas ao Justino Filho, que no debate, serviu como uma maneira de alfinetar o atual prefeito sem que ele tivesse direito de resposta, o que aconteceu incontáveis vezes.

Os argumentos dos eleitores existem de várias formas: "vou votar no candidato "X" porque ele é amigo do Lula, sendo assim a cidade receberá mais verbas"; "Já eu voto no "Y" pois ele paga os professores em dia" - como se isso já não fosse obrigação - ; "Nem adianta discutir, eu sou é cupim", ou ainda, "meu voto é pro "JB", acho que com ele Imperatriz caminha", mas ainda existem os "humoristas" que dizem: "seria bom se o "JF" ganhasse".

A "letra" que ganhar esta eleição, neste texto não tem importância, mas espera-se que Imperatriz realmente possa caminhar para o desenvolvimento, deseja-se que o rio Tocantins banhe a partir de janeiro uma cidade realmente livre da corrupção, do atraso e da violência.

Chega de casas alagadas pelo riacho bacuri, chega de promessas não cumpridas, chega de ruas emburacadas, chega de tantas notícias ruins no "bandeira 2", chega desse medo de sair de casa, CHEGA...